Entrei por acaso no curso de Sistemas de Informação na Federal de Santa Catarina em 2005, trabalhei com tecnologia e marketing por muito tempo e, em alguns momentos da vida, resolvi me aventurar. Como eu imaginaria que acabaria trabalhando com viagens? Bom, se você quiser saber um pouquinho mais dessa minha louca trajetória de vida, eu vou te contar um pouco da minha história.

Como eu comecei a viajar…

Tudo começou quando eu nasci. Que clichê, né?! Mas é verdade. Quando eu nasci, meus pais moravam na casa da nona (minha avó paterna), e meu pai já estava com planos de abrir uma empresa em outra cidade.

Ou seja, eu ainda era bebê quando mudamos pra uma cidade a 130 km de distância que não tinha ninguém da nossa família e não tinha ninguém que meus pais conheciam. Logo, teríamos que andar bastante na estrada pra não perder o contato com todos.

Visitando a Lagoa da Conceição com mãe e irmã.

Eu nem sabia de nada sobre a vida ainda, mas começava aí a minha relação com viagens.

Lembro que desde criança, vivíamos visitando familiares e viajando de carro pra vários outros lugares. Outra coisa que era muito comum nessa época é que meu pai me levava no aeroporto de Florianópolis pra vermos os pousos e decolagens. E era meio que um passeio obrigatório pra ele quando alguém vinha nos visitar. Sempre ficávamos encantados, mas viajar de avião era uma realidade tão distante… muito menos imaginaria que um dia eu trabalharia com viagens.

Visitando o aeroporto pra ver os aviões.

Eu nunca pensei que trabalharia com viagens.

Mas em 2007 eu fui pra São Paulo de avião. Em 2008, pra Buenos Aires. E…BUM! Algo se acendeu em mim. Eu poderia ficar ali, no meu emprego “teoricamente” estável, planejando qual o próximo destino de férias…mas não! A inquietude bateu e encasquetei que largaria tudo pra morar em Londres. Não sabia nem o porquê, só sabia que tinha que ser LONDRES! Minha intuição dizia que o lugar não era algo a ser negociado.

Em Buenos Aires, na minha primeira viagem internacional.

Confesso que em alguns momentos achei que isso estava dentro daquela caixinha de coisas fora do meu alcance. Mas tanta coisa deu errado na minha vida nos primeiros meses de 2010 – isso mesmo, você leu certo, DEU TUDO ERRADO! –  que a melhor saída era partir. Por fim, eu ainda não sabia, mas o destino estava me levando pra uma das melhores experiências da minha vida!

Como tudo aconteceu…

Eu tinha um dinheiro guardado, primeiro porque eu ganhava um salário ok nessa época e ainda morava com meus pais e segundo, porque sempre fui muito controlada.

Então eu simplesmente não fiz conta de nada (A Bruna vai pirar a hora que ler essa parte!). A minha vontade de ir era tanta, que eu só sabia que daria um jeito de me virar em uma das cidades mais caras da Europa na época.

Ps: Quase morri quando, pouco tempo atrás, achei um comprovante de câmbio da libra daquela época a R$2,98, sendo que em 2015 cheguei a pagar R$ 6,20.

Fiz o visto escondido dos meus pais e, quando ficou pronto, cheguei em casa falando: “Tchau, pessoal! Vou ali do outro lado do mundo e volto daqui um ano!”

Antes de mais nada, vale lembrar que ninguém da minha família sequer sabia onde ficava Londres no mapa. Imagina o auê que eu causei naquela época! E em 10/09/2010, lá fui eu, sozinha, para um mundo totalmente novo.

Recém chegada em Londres e encantada com tudo o que eu estava vivendo.

E foi aí que tudo mudou…

Morando em outro lugar, com outra cultura, trabalhando em restaurantes, estudando inglês com pessoas do mundo todo e vivendo uma vida que eu sequer achava que seria possível alguns anos antes… a minha cabeça abriu. Abriu de um jeito que eu parei pra pensar onde eu tinha chegado e tudo o que eu consegui foi chorar. De emoção, de felicidade… ou talvez era só aquela tensão do será-que-vai-dar-certo saindo de mim. E aí, pra completar a sensação de que eu poderia dominar o mundo – a la Pink & Cérebro – eu conheci o maravilhoso mundo das Low Costs. Descobrir que uma passagem de avião custava 5 libras foi um caminho sem volta. E quando achei que não poderia ficar melhor, paguei £0,01 pra ir pra Oslo, na Noruega.

E finalmente, depois de 357 dias, 12 países, amigos pelo mundo todo e incontáveis lembranças e experiências, eu voltei. Estava feliz por estar de volta, mas ao mesmo tempo, me sentia tão diferente…

Nessa época, muita gente já me procurava pra fazer perguntas e pedir dicas de viagem. Foi então que fui chamada pra trabalhar em uma grande empresa de tecnologia e voltei pro mundo corporativo.

Afinal, como daria pra ganhar dinheiro com uma coisa que era tão fácil pra mim e que eu falava com tanta paixão para as pessoas?

Conforme o tempo passava, já no novo emprego, eu só pensava em pedir folgas, emendar feriados, conhecer lugares novos e planejar as férias pra aproveitar do primeiro minuto ao último segundo (eu era daquelas que voava na sexta a noite e voltava direto pro trabalho na manhã em que era pra eu voltar das férias, de mala e tudo se precisasse).

E lá se foram 3 anos e meio. Na segunda metade desse período foi quando eu entrei pra equipe da Bruna. Mas a nossa história juntas ainda não tinha começado. Eu já estava mesmo era pensando em cair fora de novo. Dessa vez o destino seria a Itália, em busca da cidadania italiana, pra talvez não voltar mais.

Em uma das feiras da empresa que eu trabalhava na época.

Documento vai, cartório vem, alguns meses de aulas de italiano depois e lá fomos nós. Detalhe: era pra eu ir sozinha, mas minha família resolveu ir também. Desconfio que ficaram traumatizados da época de Londres… rsrs. Estar na Europa de novo foi incrível. Visitar a cidade do meu bisavô que veio para o Brasil então, melhor ainda!

E o que antes era só um sobrenome, passou a ter muito mais importância pra mim. Descobri muitas coisas de outras gerações, me encantei com a cultura, me senti parte daquele povo que era sangue do meu sangue e ainda saí de lá com o passaporte vermelho nas mãos. Mas dessa vez eu queria mesmo era voltar para o Brasil.

Com a minha família visitando a região de um dos nossos bisavôs na Itália.

“O quê? Você fez tudo isso pra voltar pro Brasil? E as viagens?”

Sim, eu sentia que precisava voltar e ir atrás de algumas vontades que eu tinha deixado de lado. E nesse dia eu decidi que precisava trabalhar com algo que fizesse sentido de verdade. Foi então que eu apertei a campainha de uma agência de viagens e perguntei se tinha emprego lá.

Por destino, sorte ou só as coisas se encaixando mesmo, uma das meninas tinha acabado de mencionar que ia morar na Alemanha e ia abrir uma vaga. E eu sabia que seria minha. Foram mais de 2 anos lá e eu não sei nem dizer o quanto eu aprendi e amei estar naquele lugar.

Pessoal da agência em uma das confraternizações.

Finalmente estava trabalhando em algo que fazia os meus olhos brilharem: na agência de viagens!

E foi no fim de 2018 que bateu mais uma vez a coceirinha do “quero mais”. – Eita, menina inquieta! Embora eu estivesse muito feliz, eu queria fazer um pouco mais, com o propósito de mudar de fato o que as pessoas pensavam de viagens. Eu queria mudar a vida delas. E não só atender quem já queria viajar, quem já sabia que isso era bom. Encontrei a Bruna de novo e como ela mesma falou na história dela: a coisa fluiu! Fluiu de tal forma que não planejamos nada, mas já tínhamos certeza do que queríamos fazer. 

Em uma das nossas gravações para o Fórmula de Viagem.

E foi aí que surgiu o Fórmula de Viagem, em 22/12/2018. Pra te fazer entender que viajar não é só comprar as passagens e ir lá tirar fotos. Queremos mais. Queremos que as viagens também sirvam pra te inspirar, pra te tirar do lugar, pra te ensinar. E queremos que você entenda de uma vez por todas o poder que um bom planejamento tem nesse processo.
Vamos juntos?

E depois de abrir o meu coração e contar a minha história, eu vou ficar muito feliz se você compartilhar esse post e fazer com que mais pessoas saibam o que tudo isso significa pra mim!

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